quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Encontros, Rituais, Retornos


Não contava com encontros e nem com suas dimensões...Encontros se dão no movimento, isto parece fato.
Um encontro me trouxe de volta ao blog um ano depois... Um encontro que me abriu de novo para palavras, blogs, olhares, imagens...Um encontro me pôs na estesia de perceber o que anda acontecendo...
Encontro com sentido de "Acontecimento" Foucaultiano. Aquela coisa que irrompe, que quebra todas as lógicas, que se instaura sem aconchego de memória, sem referenciais,sem dantes...
Tenho trilhado lugares fechados e aprendido a fazer instalações de luz nova... Estava tão acostumado a opacidade que, de olhos mortos, nao percebia as cores que faltavam...
Aos poucos são me entregues as joias perdidas que chegam trazidas nas mãos dos amigos e das pessoas novas que chegam de lugares desconhecidos com seus reinos, fábulas e seres ocultos.
A cada novo movimento se afirma a volta do que se perdeu...Não como havia partido, mas refeito com as águas das chuvas lacrimosas que lhe moldaram formas outras...

A construção tem a cadência dos cantos rituais entoados pelos trabalhadores em colheitas e nas redes cheias de peixes que alimentam povos em períodos de receber da terra o que a ela se deu. Período de dionsíacas, festas pagãs, corpos que dançam em celebração pecadora como a felicidade, tende a ser. A construção, essa nova, me trouxe ao encontro do que há de mais caro pra mim...Me fez rever os desenhos que eu fiz no chão em ritos inconscientes e que me foram mapas de destino, que eu havia esquecido...Agora me ponho de novo a reaprender seus significados...
São, sim, místicos estes momentos de encontro consigo..saber reunir de novo tesouros dados por desaparecidos, saber perceber as mãos cheias de novo...Há de não se esquecer que para que a Teniaguá descubra os tesouros escondidos na casca do mundo, é necessário o mergulho nas escuridões...Me vi emergir em breve tempo! Estou de volta. Inteiro, batizado!

Um comentário:

Lana disse...

Que bom que tu tá de volta!

Sorte de quem te encontra na vida, sorte de quem pode ter a tua companhia.

Te amo, negruge!