domingo, 3 de maio de 2009

Sobre o não


Como se diz "não" sem perder a delicadeza?
Há um personagem de Brecht, no texto "Um Homem é Um Homem", chamado Galy Gay. Ele não sabe dizer não, e coisas das mais terríveis sucedem a ele que não sabe dizer basta! O que acontece a ele? Se perde, se fragmenta, se desconecta.
Como se consegue dizer "chega para lá" mas acompanhado de "só um pouquinho"?
Preciso aprender estas "artes".
O feriado-fim-de-semana trouxe este tema para pauta da hora.
O que é entrar em embate? O que é somente dizer das vontades?
Como se faz sem perder o doce, o delicado, sem deixar de ser lugar bom.
Mas ao mesmo tempo: Quanto custa ser doce o tempo inteiro? O quanto isso tem de covardia? O quanto?
Colocar a vida na mão do outro? Acho que não. Não combinaria comigo!
Perder os medos mas sem achar que palavras podem ser pronunciadas o tempo todo na hora em que a vontade habita.
Nem tão lá, nem tão cá...
Enfim entender como se faz para não se endurecer e saber, a hora, o tom e a cor do dizer não.

4 comentários:

Lana disse...

bah, tche, desculpa (hahahaha), mas a Helman's se posta aqui ao meu lado e tenho que te dizer: O PREÇO [de ser doce o tempo inteiro] É MUITO ALTO, MEU NEGRO! NÃO VALE! NÃO VALE!
Mas é uma arte (huahauahauahauha) saber dizer não.
Às vezes é mais difícil. Há que se pensar, como bem disse o André, o quanto a gente quer mesmo (ou não) dizer não.
Mas são bem boas essas provocações tuas, hã? E o grupo aquele de estudos artísticos-filosofentos? Será que sai?

Bjo.

Anônimo disse...

como diz a Lana...ser Helman's faz bem, aprende-se com o tempo, concordo contigo que a maionese não precisa azedar...mas...às vezes, só se sabe de um jeito! é a vida!
amo-te.
Sa.

Niki disse...

Por essas e outras que amo esse povo. Mesmo entre brincadeiras e piadas sempre aparece algo que nos faz pensar e crescer. Meu caro marido, esse questionamento é muito preciso, quando o não dizer não para o outro implica em dizer não para nós mesmos??? Vi um debate interessante sobre esse assunto no saia justa (GNT), onde essa dificuldade com o não, parece ser um problema cultural nosso, brasileiros, porque sempre parece uma descortesia, o que não é verdade, é apenas o não ao outro mas é o sim a si mesmo. Ai! baixou a professorinha, hahahahah.
Amo-te Niki
PS: por mim o grupo de estudos sai sim Lanita

Beijossssssssss

Lana disse...

Ueba!! Gosto dessas pessoas práticas como a Nikita. Gosto das não-práticas também. Bueno! Então, tá, neste finde vamos marcar data, horário e local? Acho que já temos o tema... "Helman's: com ou sem limão?"

Beijo, meu docinho.