tag:blogger.com,1999:blog-63359717340968652972024-03-13T10:54:29.796-07:00Escritas de mimEscritas de mim não são apenas as palavras que brotam na ponta dos meus dedos a indicar o mundo.
Escritas de mim são aquelas em que encontro eco.
Escritas de mim, podem ser minhas, da Clarice, da Bethania, do Pessoa, da Perê.
Escritas de mim são aquelas em que eu seleciono, reúno, agrupo afetos e perceptos.
Escritas de mim aqui, são todas as que se enquadram nas minhas várias performances na vida, nos vários personagens que articulo no meu estar vivo.
Bem vindos...Igorhttp://www.blogger.com/profile/04238711434607701486noreply@blogger.comBlogger51125tag:blogger.com,1999:blog-6335971734096865297.post-33510501124105733712011-11-10T08:56:00.000-08:002011-11-10T09:02:52.629-08:00Sobre Cézanne, Perspectivas, Rótulos e Regras ou Sobre Paisagens, Jarros, Maçãs e Amores<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/-CZcG5abtF3E/TrwDC-eRAaI/AAAAAAAAAOA/5lwGkKn___U/s1600/arte-pintura-italia-rafael-sanzio-transfiguracao.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 212px; height: 320px;" src="http://3.bp.blogspot.com/-CZcG5abtF3E/TrwDC-eRAaI/AAAAAAAAAOA/5lwGkKn___U/s320/arte-pintura-italia-rafael-sanzio-transfiguracao.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5673412980244545954" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/-nmIZBOoouRo/TrwDCuKUxRI/AAAAAAAAAN0/mvBDZVpNwio/s1600/482002g.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 246px;" src="http://1.bp.blogspot.com/-nmIZBOoouRo/TrwDCuKUxRI/AAAAAAAAAN0/mvBDZVpNwio/s320/482002g.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5673412975865939218" /></a><br />Cézanne sempre me foi motivo de desassossego. Levei muito tempo para compreendê-lo. Sabia teoricamente da sua importância (eu usaria centralidade, se este fosse um texto acadêmico, mas não é) para a arte moderna. Mas eu não conseguia ver para além dos olhos viciados do conhecimento... Não achava a saída, não achava a entrada.<br />Até que no meio do caminho eu entendi, encontrei, descobri... Maravilhado com a revelação, as coisas foram vindo aos poucos. Volumes, espaços e acima de tudo aquilo que me traz aqui nessa hora: Cézanne foi clássico abolindo a regra dura da perspectiva científica e do contorno linear... Em outras palavras, ele devolveu à pintura pós impressionismo, a noção de solidez e estabilidade da arte clássica, sem o uso de uma regra fixa que deveria ser aplicada a tudo... Em Cézanne a regra (ou o procedimento) é criada diante do objeto, da paisagem, do jarro, da maçã... Em Cézanne a regra é fruto da necessidade e ela pode distorcer inverter, virar, quebrar, reconstruir.<br />Ontem mesmo, olhei em olhos que muito gosto e usei esse exemplo pra coisas cotidianas... Menos Leonardo, mais Cézanne. Menos regras fixas, menos perspectiva científica e mais ajuste diante de cada paisagem que se deixa surgir por entre olhos, bocas e ouvidos.<br />Mas acontece que foram séculos de pintura clássica e a gente passou a tomar a representação, o ponto de vista monocular ( aquele do ponto de fuga, onde tudo convergia para um ponto só como se tivéssemos só um olho no meio da testa como um monstro de Ulisses) como verdade. Aprendemos até que a verdade existia. Aprendemos que a paisagem estruturada do renascimento era superior sobre aquela que vemos na vida vivida... Duvidamos da paisagem - aquela da brisa no rosto- e acreditamos naquela que nos entregaram como representação. Inventamos regras duras para olhar pra nossas paisagens, maçãs, jarros e amores e perdemos a surpresa de descobri-los novos a cada momento de encontro. Desconfiamos da experiência e lhes encaixotamos em regras prévias... Sejamos mais Cézanne... <br />Enfim, tô escrevendo chato, prolixo e intelectualoide... Mas acontece que eu to tentando chegar à idéia que eu circundo e a escrita é meu único caminho pra isso. Aliás, só pra constar, a escrita é sempre meu único caminho, minha única possibilidade de encontro, expiação e redenção.<br />Sabe, a gente viciou na regra... Quando alguém (ou nós mesmos) marca a nossa testa com um rótulo, quando alguém (ou nós mesmos) nos dá um nome,um lugar... a gente, quase que na mesma hora sai correndo, pega a nossa perspectiva renascentista e sai aplicando pra natureza toda...Aí vem o balé das obrigações, das expectativas, daquilo que devemos ser pra corresponder àquilo que disseram que éramos... Perdemos a invenção, perdemos a criação, nos perdemos...<br />Paisagem, maçãs, jarros, amores... Existem sempre maneiras prontas pra olhá-los e representá-los... Existem sempre maneiras mais ou menos adequadas pra pensá-los, enquadrá-los e assim, perde-los. <br />Não tenho nada contra o clássico, absolutamente nada. Mas é possível experimentá-lo sem perder a potência da criação. Foi assim que Cézanne de longe conversava com aquele vigor que nasceu das regras das pinturas de Rafael sem nunca esquecer de olhar primeiro pro mundo e a partir dele inventar novas formas de solidez, estabilidade. Uma solidez e uma estabilidade tão fugidias, pois que já não serviam pro próximo quadro. E aí era hora de inventar de novo. Não sei se ficou claro o que eu digo com pinturas, paisagens, jarros, maças, amores... Mas não precisa. Cada palavra aqui cai diferente no meio das naturezas vivas daqueles que por acaso me lêem. Cada escrita que me é salvação é ao mesmo tempo invenção e coisa nova pro novo olho-mente que a encontra. Porque na paisagem da palavra assim como na das maçãs, jarros e amores, adentra-se delicadamente quando se compreende que não existe regra, rótulo, palavra de ordem (embora essa pareça uma). <br /><br /><span style="font-style:italic;">Legendas:<br /><br />Imagem 1: A transfiguração, Rafael Sanzio<br />Imagem 2: Natureza Morta, Cézanne<br /></span>Igorhttp://www.blogger.com/profile/04238711434607701486noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6335971734096865297.post-48231190644363422322011-09-29T11:10:00.001-07:002011-09-29T11:11:35.879-07:00Pequena suíte para um homem grande<a href="http://4.bp.blogspot.com/-nPF4MfU_WDw/ToS0wVRodgI/AAAAAAAAANo/bKjZbIfgj98/s1600/giacometti.png"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 188px; height: 200px;" src="http://4.bp.blogspot.com/-nPF4MfU_WDw/ToS0wVRodgI/AAAAAAAAANo/bKjZbIfgj98/s320/giacometti.png" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5657845774322005506" /></a><br />Ele também vinha sem muita conversa, sem muito explicar. Minto. Isso é só um início bonito. Ele veio com muita conversa e uma cara de quem me explicava pra mim. Foi chegando sorrateiro e me devolveu a escrita, a fala, o sorriso. Devolveu-me a certeza de que bom é poder falar tudo sem jogos, artimanhas e medos. Não sei o que eu dou a ele. De fato, não sei. Egoisticamente, só sei que o que ele me dá. Me dá uma noite de sono, me ensina formas noturnas pra que os corpos não se percam enquanto é escuro no mundo e nossas janelas/olhos ainda estão cerradas. Ele sabe estar lá, onde ele nem tinha tanta vontade, por mim. Isso é tanto. Isso é o mundo. Quando ele chega me ensina sobre tempos e distâncias. Estamos aprendendo , juntos, a língua dos nossos olhos. O tempo dos nossos tempos. Ele me ensina... Me ensina sobre viver a dor e o amor e ele é tão digno em cada um deles que me calo e assisto. Ou participo sem medo, com o cuidado simples do tempo da delicadeza. Ele é tão grande e cabe tão bem no abraço em que aprendo a guardá-lo.Cabe porque o tamanho dele não é daqueles de tomar espaço como bloco, obelisco inflexível. Não! A grandeza dele se dobra, estica, encolhe, envolve, protege e se deixa proteger. Perfeito? Não. Graças aos Deuses ( os meus e os dele) ele não é perfeito. Ele tem chagas, marcas e barreiras, mas ele sabe disso e de novo ele é grande, enorme. Eu não sei onde estamos indo eu e ele, enquanto seguimos, mas eu sei da paisagem que ele cria com os seus movimentos. Sei que por ora eu vou lá pelos lugares que ele me leva na cidade que se iluminou por causa dele. Ainda é cedo no nosso mundo, muito cedo. Mas é suficiente pra que eu diga a ele o quanto ele é. Talvez pra devolver o cuidado, o afeto, as formas noturnas, o café. Talvez pra que ele entenda o quanto é grande. Embora eu desconfie que ele já saiba.Igorhttp://www.blogger.com/profile/04238711434607701486noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6335971734096865297.post-88829977587111240852011-09-22T08:54:00.000-07:002011-09-22T08:57:26.152-07:00Dos Aprendizados do Movimento<a href="http://4.bp.blogspot.com/-vBcYmuhBI94/TntalUphlLI/AAAAAAAAANg/s8HekMKbq-U/s1600/Electrical-prism.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 318px; height: 320px;" src="http://4.bp.blogspot.com/-vBcYmuhBI94/TntalUphlLI/AAAAAAAAANg/s8HekMKbq-U/s320/Electrical-prism.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5655213354338325682" /></a><br />Por quanto se aprende por estar em movimento. Aprende-se sobre tempos: Os nossos e os do outro. Sobre até onde se vai, sobre esperar, sobre avançar, sobre recuar, sobre temer ou arriscar. O estar em movimento é tão potente que nos joga obrigatoriamente para um diálogo mais sutil com os outros que se deslocam ao nosso lado. <br />Parece uma tela de Delaunay- sem querer ser pedante- onde somos como as espirais de cor que justapostas se movem, se interpenetram, se repelem, se aproximam.<br />Há de se perceber a generosidade da vida que nos põe em trânsito. Ela, a vida, já disseram, sempre foi bem generosa nas casas daqui. Do seu jeito, mas sempre foi. Às vezes é arrastada, lenta, hermética, como um filme de jovem diretor querendo mostrar sofisticação intelectual.<br />Outras vezes parece um “arrasa quarteirão” americano, cheio de ação, efeitos e muita velocidade. Por momentos também é ópera e tragédia, algumas vezes Fellini, outras Bergman. Gosto das suas fases e me espanto com elas também. Ela, a vida me jogou no vento e eu, relutante que sou, não queria. Não percebia que ela me dava chances, lugares, pessoas... Cores outras, reconhecimentos outros. Outros aprendizados na velocidade trazida pelo movimento. Seguimos agora, a vida e eu, percebendo os muitos, os vários, as cores, os movimentos que o mundo entrega enquanto se desloca pra um ” não sei onde “ que é particular e compartilhado, íntimo e universal, angustiante e pleno. De onde se aprende a olhar pra paisagem de si e pra do (s) outro(s). De onde se brota, não sem dor, mas cheio de outras possibilidades de existência.Igorhttp://www.blogger.com/profile/04238711434607701486noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-6335971734096865297.post-90026455359823987512011-09-15T13:14:00.002-07:002011-09-15T13:24:02.083-07:00Registros de Tempos Bons<a href="http://2.bp.blogspot.com/-cZ4Zbl2289w/TnJev3qeYCI/AAAAAAAAANY/iHlCiXvw4K4/s1600/henri-matisse-joie-de-vivre-1905.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 230px;" src="http://2.bp.blogspot.com/-cZ4Zbl2289w/TnJev3qeYCI/AAAAAAAAANY/iHlCiXvw4K4/s320/henri-matisse-joie-de-vivre-1905.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5652684658792357922" /></a><br /><br />A janela aberta do ônibus deixa a paisagem rasgar os olhos e a alma. Uma luz que entra e invade todos os espaços desde a retina até o espírito. Dizer que se gosta de quem se gosta. Sem expectativas, sem necessidades de retornos, mas sabendo que eles vêm, de qualquer jeito. Se saber em seu lugar, em seu caminho. Na direção! Tanto tempo que essa sensação não chegava tão intensamente. Certamente ela se ensaia já faz um tempo. Veio se chegando, fez desvios, mudou a rota. Agora ela está sentada, bem aqui, do meu lado. Ela não fala, ela apenas olha e consente com um olhar cúmplice. Nada de grandioso, espetacular ou operístico a fez pousar aqui. Ela veio sem foguetes, sem bandas, sem anúncios... Ela apenas chegou, no seu tempo, na sua hora, no momento que bem entendeu. Como diz a Elisa Lucinda sobre a poesia, ela veio me habitar apenas porque quis... Tá, admito que poesia, amigos, música no ouvido, sol no parque, alguém pra pensar, descobertas prazerosas no trabalho, são chamarizes... Essas coisas dão lugar- aquela coisa cheia de memória e afeto. Tudo bem que o não lugar e o vácuo são super potentes (podem ser), são espaços de inovação, criação... Mas vamos combinar que um pouco de estabilidade não faz mal a ninguém... Acho que registrar estes instantes como agora, é um pouco de obrigação. Nós e nossos atravessamentos cristãos, platônicos, psicanalíticos e tal, aprendemos a só registrar e dar a ver a tragédia. Eu, pelo menos vivo entrando nesse jogo. Mas eis aqui, um escrito que vem cheinho de luz e vento pelo rosto... Um escrito de aproveitar cada segundo deste instante por si só, mesmo sabendo que ele é fugidio. Sim, é. Porque tudo é. Tudo se esvai, não permanece, não se fixa. Essa é a dinâmica. Ok, tudo bem! Sejamos tudo isso que somos agora. Felizes e inteiros, iluminados e inteiros, atordoados e inteiros, escuros e inteiros... Sejamos ou como diria Cole Porter: “Façamos: vamos amar” ou beijar, ou dançar, ou beber, ou caminhar ou ainda escrevamos um texto em um banco apertado de ônibus com a luz entrando na alma, o sol rasgando tudo e sentados ao lado da sensação de se sentir inteiro e cheio de memórias, afetos, caminhos e lugaresIgorhttp://www.blogger.com/profile/04238711434607701486noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6335971734096865297.post-12993364467933771452011-09-13T23:27:00.000-07:002011-09-13T23:40:54.844-07:00Escolhas, diferenças, coragem e potência<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/-QtnBVl8nmeM/TnBMH97qcBI/AAAAAAAAANI/7E7dTg31vYk/s1600/img1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 271px;" src="http://4.bp.blogspot.com/-QtnBVl8nmeM/TnBMH97qcBI/AAAAAAAAANI/7E7dTg31vYk/s320/img1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5652101232117575698" /></a>
<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/-MBAsoR1AFC0/TnBMH4Ldy3I/AAAAAAAAANA/wVxQYDuRWXk/s1600/img5.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 234px;" src="http://3.bp.blogspot.com/-MBAsoR1AFC0/TnBMH4Ldy3I/AAAAAAAAANA/wVxQYDuRWXk/s320/img5.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5652101230573243250" /></a>
<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/-HYNllSRqoSg/TnBMHvLPlqI/AAAAAAAAAM4/Zc-J4xuBMOw/s1600/img10.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 242px; height: 320px;" src="http://4.bp.blogspot.com/-HYNllSRqoSg/TnBMHvLPlqI/AAAAAAAAAM4/Zc-J4xuBMOw/s320/img10.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5652101228156393122" /></a>
<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/-bv-cVPGv5jg/TnBMHhx9W5I/AAAAAAAAAMw/qGNRFPj2Umc/s1600/img7.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="http://2.bp.blogspot.com/-bv-cVPGv5jg/TnBMHhx9W5I/AAAAAAAAAMw/qGNRFPj2Umc/s320/img7.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5652101224560679826" /></a>
<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"
<br /><span style="font-style:italic;">
<br />Pessoal,
<br />Escrevi este texto para apresentação da exposição de meus alunos do curso de Artes Visuais, da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul.Aqui compartilho com vocês. A exposição começa nesta semana em Caxias do Sul.
<br /></span>
<br />
<br />Escolhas. Um recorte de muitas. Talvez esse seja o caminho mais próximo para quem quer acessar as propostas aqui apresentadas.
<br />Uma exposição pode (geralmente deve) estar atrelada a um conceito. Um conceito que una diferentes trabalhos e lhes apresente a partir de um recorte. Aqui a semelhança se dá pela diferença. São heteróclitos, díspares e por isso, são tão possíveis juntos.
<br />Um olhar mais atento vai perceber pequenas conversas que se estabelecem sutilmente entre suportes, materiais e ainda, opiniões, leituras e caminhos em relação à arte e suas possibilidades.
<br />Aqui há certamente elementos que dialogaram com a tradição mas que sabem (ou pelo menos estão vindo a saber) da ruptura. Há citações: artistas consagrados da história da arte que se deixam entrever como no caso da penumbra de onde emerge a mulher sozinha que se põe a ler ao mesmo tempo em que mostra uma dívida com um encontro (talvez breve) com a “A Leitora” de Fragonnard. Em outro caso há a tradicional prática do desenho que, por aqui, se permitiu dialogar com a fotografia e propor enquadramentos que selecionam do todo o fragmento que fisga o olho do criador.Não se pode deixar de ver a contemporaneidade, em seu campo aberto de possibilidades, colocada na diversidade de hibridismos entre materiais Coisas de artistas em formação que aceitam o desafio de se deixar mostrar no instante do seu íntimo movimento de construção.
<br />São todos e todas alunos e alunas de uma instituição superior de ensino da arte, que dedicam sua cotidianidade a pensar e refletir acerca das questões que envolvem essa coisa tão grande e que, não raro, é chamada de mundo da arte. Aqui, eles expõem alguns dos diversos modos que encontraram de experienciar conceitos, idéias e maneiras de ver, pensar e fazer. Aqui, sem dúvida, estão plasmadas algumas das suas noite insones, alguns dos seus anseios diários, alguma das suas tentativas. Longe de mim querer determinar como se deve olhar para estes trabalhos. O Olho do público é individual e subjetivo. Mas, talvez, uma pista possa residir na possibilidade de olha-los como quem olha para uma panela na feitura de uma receita, para um músculo de atleta que se contrai antes do salto, para o ator que enche de tensão a coxia: Tudo está ali, mas ainda é potência, está por vir. Nada é estanque, nada está acabado. Tudo é possibilidade, experimento, potência, movimento, devir.
<br />
<br />Igor Simões
<br />Mestre em Educação
<br />Prof. Assistente História da Arte na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul.
<br />Igorhttp://www.blogger.com/profile/04238711434607701486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6335971734096865297.post-12677160998461761012011-08-24T22:14:00.000-07:002011-08-24T23:13:04.690-07:00Encontros, Rituais, Retornos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/-fPYBTvz91MU/TlXnkAgqahI/AAAAAAAAALg/KzLpEn2dTk0/s1600/glad-day.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 230px; height: 320px;" src="http://2.bp.blogspot.com/-fPYBTvz91MU/TlXnkAgqahI/AAAAAAAAALg/KzLpEn2dTk0/s320/glad-day.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5644672313777089042" /></a>
<br />Não contava com encontros e nem com suas dimensões...Encontros se dão no movimento, isto parece fato.
<br />Um encontro me trouxe de volta ao blog um ano depois... Um encontro que me abriu de novo para palavras, blogs, olhares, imagens...Um encontro me pôs na estesia de perceber o que anda acontecendo...
<br />Encontro com sentido de "Acontecimento" Foucaultiano. Aquela coisa que irrompe, que quebra todas as lógicas, que se instaura sem aconchego de memória, sem referenciais,sem dantes...
<br />Tenho trilhado lugares fechados e aprendido a fazer instalações de luz nova... Estava tão acostumado a opacidade que, de olhos mortos, nao percebia as cores que faltavam...
<br />Aos poucos são me entregues as joias perdidas que chegam trazidas nas mãos dos amigos e das pessoas novas que chegam de lugares desconhecidos com seus reinos, fábulas e seres ocultos.
<br /> A cada novo movimento se afirma a volta do que se perdeu...Não como havia partido, mas refeito com as águas das chuvas lacrimosas que lhe moldaram formas outras...
<br />
<br />A construção tem a cadência dos cantos rituais entoados pelos trabalhadores em colheitas e nas redes cheias de peixes que alimentam povos em períodos de receber da terra o que a ela se deu. Período de dionsíacas, festas pagãs, corpos que dançam em celebração pecadora como a felicidade, tende a ser. A construção, essa nova, me trouxe ao encontro do que há de mais caro pra mim...Me fez rever os desenhos que eu fiz no chão em ritos inconscientes e que me foram mapas de destino, que eu havia esquecido...Agora me ponho de novo a reaprender seus significados...
<br />São, sim, místicos estes momentos de encontro consigo..saber reunir de novo tesouros dados por desaparecidos, saber perceber as mãos cheias de novo...Há de não se esquecer que para que a Teniaguá descubra os tesouros escondidos na casca do mundo, é necessário o mergulho nas escuridões...Me vi emergir em breve tempo! Estou de volta. Inteiro, batizado!Igorhttp://www.blogger.com/profile/04238711434607701486noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6335971734096865297.post-79710324851155683452010-09-02T20:16:00.000-07:002010-09-02T20:25:02.779-07:00Vontade ou Notícias de uma Obra<a href="http://2.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/TIBqTQcCjGI/AAAAAAAAALM/9ZJgUSeMcEk/s1600/picture1-1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 246px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/TIBqTQcCjGI/AAAAAAAAALM/9ZJgUSeMcEk/s320/picture1-1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5512522822964120674" /></a><br />Hoje me deu vontade de escrever. Escrever para ver se, ainda, saia, se conseguia, se expressava, dizia.<br />Tanto tempo longe do blog. Tanto mundo que se fez, tanta vida que se ergueu. Tanta coisa inesperada, tanta promessa não cumprida, tanta surpresa boa.<br />To investindo, escavando, descobrindo, tentando. Tem porta abrindo, to olhando lá pra dentro. Saber se o que reluz é ouro ou é só pisca-pisca barato de camelô gritão em rua lotada.<br />Mas to andando, e to feliz e to apostando e estudando.<br />Essa semana meu corpo adoeceu. Minha respiração ficou difícil. Talvez necessidade de pausa, talvez necessidade de música, de poesia. No meio da obra, fica difícil ver a poesia que há por trás da fabricação do tijolo. A gente vai construindo, vai fazendo, para, enxuga o suor e segue.<br />Tô assim: vapor, usina, canteiro de obra. Mas ta bom e é a primeira vez que digo. Por medo. Medo da inveja, da sabotagem, a minha e a de outros.<br />Escrever aqui depois de quase um ano longe tem o sabor de diário. A escrita de mim, passa a ser só minha, mesmo.<br />Mas tá, daqui a pouco eu divulgo... Porque é bom, gosto do que é compartilhado, do que é dividido, do que é lido e reconstruído nos olhosmentes dos outros. <br />Sinto saudade de alguns, tenho vergonha de outros, mas sigo obra a fora. Uma hora as coisas se ajeitam, creio eu. Não sei! Mas to feliz de assistir este movimento todo. Enrolo na escrita e não entrego os fatos, apenas as sensações que deles resta. Parece que se digo se desfaz e, não quero. Quero guardado na minha caixa interior, junto com o que me é diamante, pedra rara. <br />Tava com saudade das palavras, saudade de andar com elas, passear entre elas, deslizar na suas superfícies, viver as palavras.Igorhttp://www.blogger.com/profile/04238711434607701486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6335971734096865297.post-72031771755599067402010-02-02T16:13:00.000-08:002010-02-02T16:17:39.152-08:00Um alento, uma verdade, um texto<a href="http://1.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/S2jAYIyKj1I/AAAAAAAAAK8/UDrFQG9cjpc/s1600-h/20081210054414.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 316px; height: 320px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/S2jAYIyKj1I/AAAAAAAAAK8/UDrFQG9cjpc/s320/20081210054414.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5433804471329787730" /></a><br />Sobre o Amor<br /><br />Ferreira Gullar<br /><br /><br /><br />Houve uma época em que eu pensava que as pessoas deviam ter um gatilho na garganta: quando pronunciasse — eu te amo —, mentindo, o gatilho disparava e elas explodiam. Era uma defesa intolerante contra os levianos e que refletia sem dúvida uma enorme insegurança de seu inventor. Insegurança e inexperiência. Com o passar dos anos a idéia foi abandonada, a vida revelou-me sua complexidade, suas nuanças. Aprendi que não é tão fácil dizer eu te amo sem pelo menos achar que ama e, quando a pessoa mente, a outra percebe, e se não percebe é porque não quer perceber, isto é: quer acreditar na mentira. Claro, tem gente que quer ouvir essa expressão mesmo sabendo que é mentira. O mentiroso, nesses casos, não merece punição alguma.<br /><br />Por aí já se vê como esse negócio de amor é complicado e de contornos imprecisos. Pode-se dizer, no entanto, que o amor é um sentimento radical — falo do amor-paixão — e é isso que aumenta a complicação. Como pode uma coisa ambígua e duvidosa ganhar a fúria das tempestades? Mas essa é a natureza do amor, comparável à do vento: fluido e arrasador. É como o vento, também às vezes doce, brando, claro, bailando alegre em torno de seu oculto núcleo de fogo.<br /><br />O amor é, portanto, na sua origem, liberação e aventura. Por definição, anti-burguês. O próprio da vida burguesa não é o amor, é o casamento, que é o amor institucionalizado, disciplinado, integrado na sociedade. O casamento é um contrato: duas pessoas se conhecem, se gostam, se sentem a traídas uma pela outra e decidem viver juntas. Isso poderia ser uma COisa simples, mas não é, pois há que se inserir na ordem social, definir direitos e deveres perante os homens e até perante Deus. Carimbado e abençoado, o novo casal inicia sua vida entre beijos e sorrisos. E risos e risinhos dos maledicentes. Por maior que tenha sido a paixão inicial, o impulso que os levou à pretoria ou ao altar (ou a ambos), a simples assinatura do contrato já muda tudo. Com o casamento o amor sai do marginalismo, da atmosfera romântica que o envolvia, para entrar nos trilhos da institucionalidade. Torna-se grave. Agora é construir um lar, gerar filhos, criá-los, educá-los até que, adultos, abandonem a casa para fazer sua própria vida. Ou seja: se corre tudo bem, corre tudo mal. Mas, não radicalizemos: há exceções — e dessas exceções vive a nossa irrenunciável esperança.<br /><br />Conheci uma mulher que costumava dizer: não há amor que resista ao tanque de lavar (ou à máquina, mesmo), ao espanador e ao bife com fritas. Ela possivelmente exagerava, mas com razão, porque tinha uns olhos ávidos e brilhantes e um coração ansioso. Ouvia o vento rumorejar nas árvores do parque, à tarde incendiando as nuvens e imaginava quanta vida, quanta aventura estaria se desenrolando naquele momento nos bares, nos cafés, nos bairros distantes. À sua volta certamente não acontecia nada: as pessoas em suas respectivas casas estavam apenas morando, sofrendo uma vida igual à sua. Essa inquietação bovariana prepara o caminho da aventura, que nem sempre acontece. Mas dificilmente deixa de acontecer. Pode não acontecer a aventUra sonhada, o amor louco, o sonho que arrebata e funda o paraíso na terra. Acontece o vulgar adultério - o assim chamado -, que é quase sempre decepcionante, condenado, amargo e que se transforma numa espécie de vingança contra a mediocridade da vida. É como uma droga que se toma para curar a ansiedade e reajustar-se ao status quo. Estou curada, ela então se diz — e volta ao bife com fritas.<br /><br />Mas às vezes não é assim. Às vezes o sonho vem, baixa das nuvens em fogo e pousa aos teus pés um candelabro cintilante. Dura uma tarde? Uma semana? Um mês? Pode durar um ano, dois até, desde que as dificuldades sejam de proporção suficiente para manter vivo o desafio e não tão duras que acovardem os amantes. Para isso, o fundamental é saber que tudo vai acabar. O verdadeiro amor é suicida. O amor, para atingir a ignição máxima, a entrega total, deve estar condenado: a consciência da precariedade da relação possibilita mergulhar nela de corpo e alma, vivê-la enquanto morre e morrê-la enquanto vive, como numa desvairada montanha-russa, até que, de repente, acaba. E é necessário que acabe como começou, de golpe, cortado rente na carne, entre soluços, querendo e não querendo que acabe, pois o espírito humano não comporta tanta realidade, como falou um poeta maior. E enxugados os olhos, aberta a janela, lá estão as mesmas nuvens rolando lentas e sem barulho pelo céu deserto de anjos. O alívio se confunde com o vazio, e você agora prefere morrer.<br /><br />A barra é pesada. Quem conheceu o delírio dificilmente se habitua à antiga banalidade. Foi Gogol, no Inspetor Geral quem captou a decepção desse despertar. O falso inspetor mergulhara na fascinante impostura que lhe possibilitou uma vida de sonho: homenagens, bajulações, dinheiro e até o amor da mulher e da filha do prefeito. Eis senão quando chega o criado, trazendo-lhe o chapéu e o capote ordinário, signos da sua vida real, e lhe diz que está na hora de ir-se pois o verdadeiro inspetor está para chegar. Ele se assusta: mas então está tUdo acabado? Não era verdade o sonho? E assim é: a mais delirante paixão, terminada, deixa esse sabor de impostura na boca, como se a felicidade não pudesse ser verdade. E no entanto o foi, e tanto que é impossível continuar vivendo agora, sem ela, normalmente. Ou, como diz Chico Buarque: sofrendo normalmente.<br /><br />Evaporado o fantasma, reaparece em sua banal realidade o guardaroupa, a cômoda, a camisa usada na cadeira, os chinelos. E tUdo impregnado da ausência do sonho, que é agora uma agulha escondida em cada objeto, e te fere, inesperadamente, quando abres a gaveta, o livro. E te fere não porque ali esteja o sonho ainda, mas exatamente porque já não está: esteve. Sais para o trabalho, que é preciso esquecer, afundar no dia-a-dia, na rotina do dia, tolerar o passar das horas, a conversa burra, o cafezinho, as notícias do jornal. Edifícios, ruas, avenidas, lojas, cinema, aeroportos, ônibus, carrocinhas de sorvete: o mundo é um incomensurável amontoado de inutilidades. E de repente o táxi que te leva por uma rua onde a memória do sonho paira como um perfume. Que fazer? Desviar-se dessas ruas, ocultar os objetos ou, pelo contrário, expor-se a tudo, sofrer tudo de uma vez e habituarse? Mais dia menos dia toda a lembrança se apaga e te surpreendes gargalhando, a vida vibrando outra vez, nova, na garganta, sem culpa nem desculpa. E chegas a pensar: quantas manhãs como esta perdi burramente! O amor é uma doença como outra qualquer.<br /><br />E é verdade. Uma doença ou pelo menos uma anormalidade. Como pode acontecer que, subitamente, num mundo cheio de pessoas, alguém meta na cabeça que só existe fulano ou fulana, que é impossível viver sem essa pessoa? E reparando bem, tirando o rosto que era lindo, o corpo não era lá essas coisas... Na cama era regular, mas no papo um saco, e mentia, dizia tolices, e pensar que quase morro!...<br /><br />Isso dizes agora, comendo um bife com fritas diante do espetáculo vesperal dos cúmulos e nimbos. Em paz com a vida. Ou não.<br /><br /><br />O texto acima foi extraído do livro "A estranha vida banal", editora José Olympio - 1989, e consta da antologia "As 100 melhores crônicas brasileiras", Editora Objetiva, pág. 279 - Rio de Janeiro - 2005, organização e introdução de Joaquim Ferreira dos Santos.Igorhttp://www.blogger.com/profile/04238711434607701486noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6335971734096865297.post-81229490378283236552010-01-14T12:33:00.001-08:002010-01-14T12:36:28.647-08:00Guimarães Rosa e o Amor<a href="http://4.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/S0-AQhdkKsI/AAAAAAAAAK0/DbwRutQaTR4/s1600-h/fib05_arte_pabloarmesto_sue.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/S0-AQhdkKsI/AAAAAAAAAK0/DbwRutQaTR4/s320/fib05_arte_pabloarmesto_sue.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5426697097353374402" /></a><br />"Só se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura".Igorhttp://www.blogger.com/profile/04238711434607701486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6335971734096865297.post-63324789105208944862009-12-27T05:06:00.000-08:002009-12-27T05:11:26.355-08:00INSÔNIA<a href="http://1.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/Szdc1VGC_NI/AAAAAAAAAKk/_dpezGeuhKs/s1600-h/insonia.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 234px; height: 320px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/Szdc1VGC_NI/AAAAAAAAAKk/_dpezGeuhKs/s320/insonia.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5419902747829009618" /></a><br />Acho que nunca mais vou dormir...<br />É desesperador...<br />Há algumas semanas que não sei o que é mergulhar em noite de sono...Pesadelos, sobressaltos, inconstância...Mas nos ultimos três dias se intensificou...<br />Horrível...Tô aqui insone e mal humorado...<br />Tento não pensar em nada nessas horas depois da insônia(ou durante)...minha percepção se altera, meu humor vira fel e o drama ganha casa...<br />No espelho, se insone, me engordo.Se amo, na hora essa, odeio. Enfim...Preciso dormir de novo...Igorhttp://www.blogger.com/profile/04238711434607701486noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6335971734096865297.post-81234823449695687592009-12-26T15:08:00.000-08:002009-12-26T15:14:29.811-08:00Pois é... hehehe<a href="http://1.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/SzaYuivWV6I/AAAAAAAAAKc/lAzNFeq_4-0/s1600-h/the%2520kiss%2520detail%2520gustav%2520klimt.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 315px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/SzaYuivWV6I/AAAAAAAAAKc/lAzNFeq_4-0/s320/the%2520kiss%2520detail%2520gustav%2520klimt.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5419687126953777058" /></a><br /><strong><em>A beleza que eu nuca sonhei...mesmo</em></strong><br /><br /><br /><br />Presenteou-me com cheiro<br />Deu-me de todo tempero<br />Toda cor me ofereceu<br /><br />Cobriu com fino tecido<br />Meu corpo tão carecido<br />Desse carinho só seu<br /><br />Contou-me lindas histórias<br />Cantou as belas memórias<br />De seu álbum de canções<br /><br />Entoou todas pra mim<br />Fez a noite não ter fim<br />Gravou no meu coração<br /><br />O nosso amor é bonito<br />Trouxe sossego divino<br />Teu aconchego eu, menino, aceitei<br /><br />E esse amor de varanda<br />Rede luar e ciranda<br />Tem a beleza que nunca sonhei<br />(ela tem a beleza que nunca sonhei) 2x<br /><br />la ra ra, ra ra, ra ra<br />la, ra raIgorhttp://www.blogger.com/profile/04238711434607701486noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6335971734096865297.post-24766431024593557892009-12-21T20:05:00.001-08:002009-12-21T20:07:59.049-08:00A Necessidade da Pausa ou o Retorno ao Delicado<a href="http://4.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/SzBFs89uUXI/AAAAAAAAAKU/FfdsD3Iqe0g/s1600-h/ikRia1QKbjio356sJbBwXSQNo1_500.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 262px; height: 320px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/SzBFs89uUXI/AAAAAAAAAKU/FfdsD3Iqe0g/s320/ikRia1QKbjio356sJbBwXSQNo1_500.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5417906990308282738" /></a><br />A escrita sempre. A escrita e seus retornos. A escrita e a busca. A escrita e o exame de si.<br />Aqui , na noite do lá fora , escrevo. Escrevo para mim palavras que poucos olhos haverão de encontrar. Queria escrever sobre relevâncias: arte, música, filosofia, amor. Mas ando de margens. É que o tempo em que tenho habitado é o da mudança, onde o movimento reserva pouco tempo para a pausa. Pausa como esta que me presenteio agora...<br />As coisas estão passando e mudando. Algumas por reação dos meus movimentos e vontades, outras por que se movem por si na ciranda do fluxo do vivo.<br />Pessoas, lugares e sensações sentam-se do meu lado no escuro da sala onde a escrita nasce. Suas vidas,vozes e rostos. Vozes de quem não vejo, porque o tempo me esmaga, presenças que escuto porque habitam os lugares que não têm mais volta. Não se pode fazer uma vida assim.<br />Estas presenças e ausências se mesclam nas minhas dúvidas diante do todo, dúvidas que aprendi a compor sem medo. Mas ando precisando reverter este jogo.<br />É que acho que ando precisando me investigar de novo. Por isso, a escrita. Tenho medo do endurecimento. Medo de perder uma conexão com as coisas que não se explicam e onde, acho, residiu sempre o milagre das minhas conquistas nas várias vidas que tive nestes anos em que estou vivo. Não posso, não ouso perder o contato com as delicadezas.<br />Esse lado mágico e escuro me pariu artista. Este artista que me deu olhos em corpo. Ele é a usina. Por isso a solenidade de reconhecer que minhas pausas para escritas, pausas como essa, mesmo quando não chegam a tocar na universalidade dos grandes temas me harmonizam comigo e com o universo que está aqui, agora.<br />Para aumentar estas pausas e trazê-las de novo para o cotidiano é que estou em reforma de tudo. Vou parar o que pode ser parado para não perder as delicadezas e os mistérios. Já disse: preciso delas para poder continuar... Não há energia se apago minha usina.<br />Ando querendo desenhos novos, mas antes preciso rever antigos rabiscos para entender de onde vêm as minhas grafias. As grafias do meu desejo que se andaram empalidecendo na falta da pausas. Falta que se plasmou em silêncio de escritas e em desvios de sonhos.Igorhttp://www.blogger.com/profile/04238711434607701486noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-6335971734096865297.post-80130746416272649492009-12-07T16:06:00.000-08:002009-12-07T16:08:32.483-08:00Palavras que não encontrarão destino<a href="http://2.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/Sx2Yyh6EKlI/AAAAAAAAAKM/TlrRGWCDnec/s1600-h/13545_215996914407_73591334407_4291886_2024002_n.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 233px; height: 320px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/Sx2Yyh6EKlI/AAAAAAAAAKM/TlrRGWCDnec/s320/13545_215996914407_73591334407_4291886_2024002_n.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5412650321031998034" /></a><br /> Agora são necessárias muitas chuvas, muitas estrelas, muitas luas e muitos sóis para ir e voltar. E isso é o tempo. <br /><br />Caio Fernando Abreu<br /><br /><br />" E eu no ar...?!<br />Será? Acho melhor não!!!Igorhttp://www.blogger.com/profile/04238711434607701486noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6335971734096865297.post-43731128575516455062009-11-03T20:14:00.000-08:002009-11-03T20:24:58.602-08:00Saudade dela... ou Para a parte encantada de mim<a href="http://3.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/SvEByIFzoAI/AAAAAAAAAKE/xrYKnWXWgoc/s1600-h/OgAAAAYWb6Us5VFUjaaHavlwaPC0YDm2n3mlDoPS-RinGyrJ-t04ueGVoPHSIRbdAvc1QjLymsaMTrvYSYn2tmOF1hkAm1T1UDTK8uAxpn80rECJl9GBbf7zrDzO.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/SvEByIFzoAI/AAAAAAAAAKE/xrYKnWXWgoc/s320/OgAAAAYWb6Us5VFUjaaHavlwaPC0YDm2n3mlDoPS-RinGyrJ-t04ueGVoPHSIRbdAvc1QjLymsaMTrvYSYn2tmOF1hkAm1T1UDTK8uAxpn80rECJl9GBbf7zrDzO.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5400099388870860802" /></a><br /><br />Na música da Bethania achei de novo um sentimento de mim...<br />Agora ela canta minha saudade de ti...<br />Uma água aqui no rosto...<br />Vendo uma aula da bethania, lembrei das tuas, dos teus movimentos, dos teus gestos, dos teus mundos que balançavam no vento do teu vestido...<br />Saudade de ti...Vazio que restará para sempre...<br /><br /><br />SAUDADE DELA<br /><br />Maria Bethânia, Gilberto Gil e Caetano Veloso<br />Autores: Roberto Mendes e Nizaldo Costa<br /><br /><br />Ai ai saudade, saudade dela<br />Ela se foi, saudade, fiquei sem ela<br />Fonte de sabedoria, onde tudo podia achar<br />Todo canto matriz da gente do meu lugar<br />Quando eu era canarinho ela existia sabiá<br />Hoje canto sozinho, e dela sempre vou lembrar<br /><br />Do nosso convívio saiu, já se dizia cansada<br />Deixou um largo sorriso e um doce canto de paz<br />Foram tantas alegrias servidas naquele prato<br />Mistura de amor e poesia em mesa de luxo<br /><br />Dona da casa, me dá licença<br />Meu samba na varanda<br />Com chapéu na cabeça e facão de banda<br />Dona da casa, me dê licença<br />Me dê seu salão para vadiar<br /><br />Eu vim aqui foi pra vadiar<br />Ladeia, ladeia, ladeia<br />Ladeia, pomba na areiaIgorhttp://www.blogger.com/profile/04238711434607701486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6335971734096865297.post-4999602718504042552009-10-31T16:10:00.000-07:002009-10-31T16:18:09.920-07:00SOBRE OS 29 OU DE COMO ME TORNEI UM HOMEM.<a href="http://1.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/SuzFoKRSi3I/AAAAAAAAAJ8/Zda707ATOD8/s1600-h/OgAAAHkiEgxC4u3jFanF6lDZfseAr0l9JpTMuwi0eP6ba-KXvDl5mNHacqcV41-Rwnn29yyeQEORIFDMRHNNrWEDigQAm1T1UK3GMreUZG47jhiShXBogucWrhaW.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/SuzFoKRSi3I/AAAAAAAAAJ8/Zda707ATOD8/s320/OgAAAHkiEgxC4u3jFanF6lDZfseAr0l9JpTMuwi0eP6ba-KXvDl5mNHacqcV41-Rwnn29yyeQEORIFDMRHNNrWEDigQAm1T1UK3GMreUZG47jhiShXBogucWrhaW.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5398907347052694386" /></a><br />Escrever para organizar. Minhas escritas sempre surgem para presentificar. Para tornar palpável, vivo, orgânico. Minha escrita nunca aprisiona, fujo das prisões.Tento ao menos.<br />Os sentidos e os sentires da minha escrita no mundo se fazem objeto na ponta dos meus dedos. Minha pintura, meu desenho, minha gravura. Minha representação.<br />Uma narrativa inventada, um retrato, um momento. <br />São percepções que se alinham. Sentires que se fazem carne nas entranhas das palavras.<br />Cá estou eu de novo! Talvez para fotografar este instante de paz em meio à agitação da vida. Essa vida que por vezes é mar lançado nas pedras, por vezes água calma que espelha o mundo em rio calmo.<br />Cheguei aos 29. Aquele das mudanças, aquele dos planetas que se movem , segundo a astrologia. Dizem que aos 29 tudo muda e a gente se faz parir de novo.<br />Talvez seja. Durante muito tempo estas crenças foram fantasmas que me assombraram. O medo da mudança me ronda, mesmo que eu não a impeça, mesmo que eu já tenha secretamente aprendido a conversar/viver com ela.<br />Sou um Homem agora. O menino está aqui. Presente, cheio de dúvidas, medos e ansiedades descompassadas. Mas tem um homem com ele. Um homem que constrói a vida a medida que ela se apresenta. Que inventa a vida a partir da suas vontades possíveis.<br />O que antes era prodígio agora é dever, obrigação. Mas não é pesado. Por enquanto é novo, é acomodar-se.<br />Afinal, foram 29 anos para se ver. 29 anos para caminhar até aqui e saber que passos se apagam a medida que são feitos, mas as pernas guardam na memória do músculo a força empreendida na caminhada. Aprende-se (um pouquinho) como medir a força, como examinar a distância. Cheguei a um lugar. Se o lugar é aquele espaço conhecido, repleto de memórias, achei um lugar. Mas não esqueci que essa plataforma que estou hoje, desaba amanhã e me joga de novo no desconhecido. Ser homem, adulto, talvez seja isso. Entender que a vida é um fio tênue por onde se trilha e as quedas , parte contínua do andar sobre os abismos.<br />29 anos para descobrir que beleza é uma invenção mutante e que, portanto, para ser bonito, basta ser criativo e saber se inventar da maneira correta.<br />Sei que hoje ando “me sentindo”, como se diz por aí, nas invenções e subversões fantásticas que o português nos permite.<br />“Me sentindo”, vivo. Me sentindo: vivo. Aprendi a ser o homem de mim. Para ser homem de mim, aprendi que amanhã este aprendizado desaparece, porém, aprendi que no desaparecimento eu saberei parir-me em outro.<br />Para ser grande, sê inteiro, me disse o pessoa. Acho que sou grande. Tenho certeza que estou inteiro, aqui, agora, no instante fugaz.Igorhttp://www.blogger.com/profile/04238711434607701486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6335971734096865297.post-35153745811166167402009-07-07T22:06:00.000-07:002009-07-07T22:09:19.141-07:00Do Blog do Antonio Cicero<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/SlQp4cS7luI/AAAAAAAAAJ0/ZDz2YpoVnh0/s1600-h/l%27absinthe.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 230px; height: 320px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/SlQp4cS7luI/AAAAAAAAAJ0/ZDz2YpoVnh0/s320/l%27absinthe.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5355951906495370978" /></a><br />Dilema<br /><br />O que muito me confunde<br />é que no fundo de mim estou eu<br />e no fundo de mim estou eu.<br />No fundo<br />sei que não sou sem fim<br />e sou feito de um mundo imenso<br />imerso num universo<br />que não é feito de mim.<br />Mas mesmo isso é controverso<br />se nos versos de um poema<br />perverso sai o reverso.<br />Disperso num tal dilema<br />o certo é reconhecer:<br />no fundo de mim<br />sou sem fundo.<br /><br /><br /><br />De: CICERO, Antonio. Guardar. Rio de Janeiro: Record, 1996 / Póvoa do Varzim: Quasi, 2002.Igorhttp://www.blogger.com/profile/04238711434607701486noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6335971734096865297.post-21832628709530349892009-07-07T21:32:00.000-07:002009-07-07T21:40:07.883-07:00Do Amor ou o sopro da Moska na Lana que soprou em mim<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/SlQi2eH7pOI/AAAAAAAAAJs/hwdam0pGfpU/s1600-h/Kokoschka-WindBraut.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 258px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/SlQi2eH7pOI/AAAAAAAAAJs/hwdam0pGfpU/s320/Kokoschka-WindBraut.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5355944176044975330" /></a><br /><br />O Paulinho Moska disse pra lana que me disse e agora acho que vou decorar para andar dizendo por aí...<br />Útil, bem útil...Conveniente, eu diria<br /><br /><br /><br />Não falo do AMOR romântico, aquelas paixões meladas de tristeza e sofrimento. Relações de dependência e submissão, paixões tristes. Algumas pessoas confundem isso com AMOR. Chamam de AMOR esse querer escravo, e pensam que o AMOR é alguma coisa que pode ser definida, explicada, entendida, julgada. Pensam que o AMOR já estava pronto, formatado, inteiro, antes de ser experimentado. Mas é exatamente o oposto, para mim, que o amor manifesta. A virtude do AMOR é sua capacidade potencial de ser construído, inventado e modificado. O AMOR está em movimento eterno, em velocidade infinita. O AMOR é um móbile. Como fotografá-lo? Como percebê-lo? Como se deixar sê-lo? E como impedir que a imagem sedentária e cansada do AMOR nos domine?<br />Minha resposta? O AMOR é o desconhecido.<br />Mesmo depois de uma vida inteira de amores, o AMOR será sempre o desconhecido, a força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma nova visão. A imagem que eu tenho do AMOR é a de um ser em mutação. O AMOR quer ser interferido, quer ser violado, quer ser transformado a cada instante.<br />A vida do AMOR depende dessa interferência. A morte do AMOR é quando, diante do seu labirinto, decidimos caminhar pela estrada reta. Ele nos oferece seus oceanos de mares revoltos e profundos, e nós preferimos o leito de um rio, com início, meio e fim. Não, não podemos subestimar o AMOR não podemos castrá-lo.<br />O AMOR não é orgânico. Não é meu coração que sente o AMOR. É a minha alma que o saboreia. Não é no meu sangue que ele ferve. O AMOR faz sua fogueira dionisíaca no meu espírito. Sua força se mistura com a minha e nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu como se fossem novas estrelas recém-nascidas. O AMOR brilha. Como uma aurora colorida e misteriosa, como um crepúsculo inundado de beleza e despedida, o AMOR grita seu silêncio e nos dá sua música. Nós dançamos sua felicidade em delírio porque somos o alimento preferido do AMOR, se estivermos também a devorá-lo.<br />O AMOR, eu não conheço. E é exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu abismo, me aventurando ao seu encontro. A vida só existe quando o AMOR a navega. Morrer de AMOR é a substância de que a Vida é feita. Ou melhor, só se Vive no AMOR. E a língua do AMOR é a língua que eu falo e escuto.Igorhttp://www.blogger.com/profile/04238711434607701486noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6335971734096865297.post-38583300639028087972009-07-06T14:56:00.002-07:002009-07-06T15:02:34.650-07:00Do amor, suas ausências, chegadas, partidas e representações<a href="http://1.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/SlJ0af__3BI/AAAAAAAAAJk/G3qBoIx_bPs/s1600-h/roman.bmp"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/SlJ0af__3BI/AAAAAAAAAJk/G3qBoIx_bPs/s320/roman.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5355470905512287250" /></a><br /><br />Amor. Esta talvez seja uma das mais citadas, pronunciadas, sonhadas e representadas palavras de todos os tempos. Em todas as línguas, nas mais diversas linguagens. Diferentes imagens, Poesia, Prosa, Verso, música, figurado, abstraído, TV, cinema. Sentimento, invenção cultural- não sei. No Brasil, na MPB, ou se ama, ou se amou. Exalta-se a chegada do amor ou lamenta-se a sua partida. Difícil não amar neste país... Afinal “as suas mãos no pescoço/ as suas costas macias/ por tanto tempo rondaram/ as minhas noites vazias” (...). E tente-se dormir sozinho com um “barulho” destes.<br />A representação do amor, do amar, do ser amado. O morrer de amor, o viver dele, nele, por ele. Amar às vezes é quase uma imposição pra vida, afinal “é impossível ser feliz sozinho”. Amor e dimensões várias. Amar o outro, a si, às coisas, os feitos. Amar “é”, amor está e faz a maioria das pautas dos bares, dos palcos, das telas, da vida. “Pô amar é importante” e os domingos sem ele, ela, eles, elas, são um castigo. Amamos como nos filmes, nos filmes amam como nós. <br />Os atores, como eu, amam em cena, na vida e, ainda, criam representações do amar, reforçam algumas e às vezes, enquanto amam verdadeiramente, também conseguem assistir a si e sua representação do amor e quando voltam à cena amam na verdade-mentira-acordo da encenação assim como na vida vivida e dita real.<br />Em mim, ator, não amar e nem encenar o amor é insuportável. Vi “Romance”, o filme. Teatro, Amor, ausências, chegadas, partidas e representações. Vim escrever porque precisava de alguma representação, assim como os protagonistas e, por não estar no palco e nem amando, escolhi a tela, o teclado. <br />Há claro, uma pontinha de receio. Receio de ser lido, de ser descoberto sem amor. De ter atentado quanto à exigência de amar. Nem ao menos tenho certeza se esse escrito cheio de rodeios vai ser publicado. Talvez ele seja muito de mim para ir para aquelas escritas. Talvez, exatamente por isso, deva estar lá. Não sei. Talvez ele seja só, como diria Clarice: “ Um grito de ave de rapina irisada e intranqüila”. Talvez essa venha a ser uma representação guardada em segredo, como os amores impossíveis e secretos. <br />Quem sabe não está aqui o início de um espetáculo que virá e que vai colaborar com a dança infinda das representações do amor. Quem sabe aqui esteja o início de um amor. Eu não sei. Sei que ouço Omara e Bethania. Sei que é domingo, que vi “Romance”, que estou pensando em teatro, que estou pensando no amor, que estou pensando no amar.Igorhttp://www.blogger.com/profile/04238711434607701486noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6335971734096865297.post-30627214026345941202009-05-30T14:11:00.000-07:002009-05-30T14:32:32.542-07:00Eu, Nós...<a href="http://2.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/SiGl2sEkAjI/AAAAAAAAAJU/UCBIWaJuBXg/s1600-h/_10_21_1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 214px; height: 320px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/SiGl2sEkAjI/AAAAAAAAAJU/UCBIWaJuBXg/s320/_10_21_1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5341732991999935026" /></a><br />Maio...Como correu!!!<br />Nos últimos dias deu pra ser cheio de mudanças, bons ganhos, percepções alertas...<br />Não fugi daqui, aliás não ando de fugas... Atualmente às unicas que aparecem são as fugas pra mim... Boas fugas, boas escapadas... Muitas reticências...<br />Este meu primeiro texto na máquina nova, vem cheio de novas coisas, como ela...<br />Novas coisas velhas, talvez... Mas cheias de ineditismos e de por vires!!!<br />Tô olhando ainda, processando...Tô vivendo<br />Me purificando, como propunha o espetáculo da terreira da tribo, lá no largo de domingo... Uma purificação daquelas do espetáculo-O Amargo Santo da Purificação- mas este "santo" tem me aparecido por aqui mais agridoce...Nã menos enfático, não menos cheio de espasmos, não menos arrebatador...<br />Tenho andado sozinho e com uma multidão de mim... Estamos todos aprendendo a conversar mais, nos entender mais... Estamos entendendo e identificando nossos limites, nossas estratégias de ação...<br />Como um animal à espreita, estamos, eu e meus eus, olhando pra tudo, entrando quando preciso, necessário, ou quando o desejo chega, voluntarioso...<br />E em Maio estivemos plantando junhos, julhos, agostos...<br />Estamos atentos, fortes, mais vivos do que nunca e estamos todos bem!!!Em silêncio, mas em concerto triunfante de construção.Igorhttp://www.blogger.com/profile/04238711434607701486noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6335971734096865297.post-34599203462332458452009-05-09T22:09:00.001-07:002009-05-09T22:34:55.525-07:00Do silêncio e os benefícios do estar acompanhado de si<a href="http://1.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/SgZmoz9xauI/AAAAAAAAAJM/wWB9Dxm4vkc/s1600-h/untitled.bmp"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 191px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/SgZmoz9xauI/AAAAAAAAAJM/wWB9Dxm4vkc/s320/untitled.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5334063659997031138" /></a><br />Sutilmente eu fui dizendo não. Delicadamente, como mandam meus códigos, eu fui dizendo "psiu".E, tudo ficou quieto, tudo silenciou. Um silêncio não daqueles representados de maneira lugar comum. Não,não era um silêncio de preto e sofrimento.<br />Um silêncio cheio de falas: as minhas.<br />Um tempo meu, pra entender meus lugares, um silêncio de taças solitárias de vinho, leituras, escritas, filmes, horas dormidas.<br />Um silêncio repleto do ruído de estar em mim. Um silêncio feito do ser dono do seu tempo, da sua vida, dos seus passos, do seu nariz. Um silêncio de ir na casa da amiga, cumprir pequenas tarefas profissionais de fim de semana, voltar para a casa e continuar o silêncio que não se interrompeu nas outras atividades.<br />É que meu silêncio foi do não ao sim. Do sim, às minhas coisas. Do sim às minhas vontades.<br />Do sim de inventariar os pensamentos secretos, sutis, silenciosos.Um sim de rastrear desejos.<br />Foi bom. Está bom. Tomar as rédéas é oxigênio necessário. Descobri que o "não" é necessário. Que ele não é antítese do sim. Que ele é complemento, usina para "sims" cheios de vontade, alegria e sorrisos nos lábios regados a saudades de dias sem estar junto.<br />Uma parada geral é sempre um ato de presunção. Acho que sim, é, em um mundo que se embota de barulhos, sons dispersos, imagens mil, telas iluminadas, páginas saturadas. Dizer não, estar-se só ou em estado de silêncio é, se estar bem de mansinho, bem pianinho, dizendo "Este mundo é meu e eu ordeno seu tempo". Pelo menos este mundo, pelo menos o meu mundo. Outro dia eu estava vendo uma série americana bem famosa:SEX and the City (aos intelectualóides de plantão, um aviso: Ver séries americanas não faz do indivíduo alguém mais burro, ou fútil, ou qualquer uma destas determianções vazias). Na série, a protagonista Carrie, sentada em um café em Manhatan, de óculos escuros e olhando para o movimento das ruas depois de muitas tentativas de estar acompanhada pensa algo como:"Eu aqui , neste café, sozinha, exercitando o meu estar comigo, exercitando ser alguém solteiro na cidade, exercício do ser sozinho sem crises, apenas ser e estar". Essa cena não me saiu da cabeça durante a semana. Acho que ela antecipava, sugestionava, ou alertava. As vezes estar sozinho é tudo que se precisa para poder estar mais tarde, em outro dia, outro tempo, outra hora: acompanhado. Sejam amigos, amores ou eu mesmo.Igorhttp://www.blogger.com/profile/04238711434607701486noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6335971734096865297.post-29765632982193593182009-05-03T19:41:00.000-07:002009-05-03T20:10:02.260-07:00Sobre o não<a href="http://2.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/Sf5b_tTPL_I/AAAAAAAAAJE/JJxgbQdbUME/s1600-h/gali+gay.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/Sf5b_tTPL_I/AAAAAAAAAJE/JJxgbQdbUME/s320/gali+gay.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5331800158903414770" /></a><br />Como se diz "não" sem perder a delicadeza?<br />Há um personagem de Brecht, no texto "Um Homem é Um Homem", chamado Galy Gay. Ele não sabe dizer não, e coisas das mais terríveis sucedem a ele que não sabe dizer basta! O que acontece a ele? Se perde, se fragmenta, se desconecta.<br />Como se consegue dizer "chega para lá" mas acompanhado de "só um pouquinho"?<br />Preciso aprender estas "artes".<br />O feriado-fim-de-semana trouxe este tema para pauta da hora.<br />O que é entrar em embate? O que é somente dizer das vontades?<br />Como se faz sem perder o doce, o delicado, sem deixar de ser lugar bom.<br />Mas ao mesmo tempo: Quanto custa ser doce o tempo inteiro? O quanto isso tem de covardia? O quanto?<br />Colocar a vida na mão do outro? Acho que não. Não combinaria comigo!<br />Perder os medos mas sem achar que palavras podem ser pronunciadas o tempo todo na hora em que a vontade habita.<br />Nem tão lá, nem tão cá...<br />Enfim entender como se faz para não se endurecer e saber, a hora, o tom e a cor do dizer não.Igorhttp://www.blogger.com/profile/04238711434607701486noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6335971734096865297.post-71400393119297114752009-04-14T21:56:00.000-07:002009-04-14T22:13:52.954-07:00Sempre a Clarice a me trazer pra mim<a href="http://3.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/SeVr-jGhz0I/AAAAAAAAAI8/VsCKmLnARQE/s1600-h/clarice.bmp"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 146px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/SeVr-jGhz0I/AAAAAAAAAI8/VsCKmLnARQE/s320/clarice.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5324780856754163522" /></a><br />"Não é que vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego ao fim de cada um dos modos de existir. Vivo de esboços não acabados e vacilantes. Mas equilibro-me como posso, entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus."<br />Um sopro de vida<br /><br />Ela que sempre fala de mim, ela onde sempre me busco, ela que me faz sempre prenhe em descobertas.<br />Eu tenho em mim coisas não ditas, coisas segredadas e quando me percebo ela já sabia, ela já tinha me dito.<br />A clarice é escrita de mim. Neste tempo de esperas, em movimento, ela é um porto.<br />Tenho falado através dela, me encontrado mais uma vez no surrado exemplar de água viva.<br />Talvez por isso agora que me vem a vontade de escrever eu a use como motivo, partida, tema.<br />Ando como sempre Clarice, ando Lispector. Ando sopro de vida.<br />Ando olhando, tentado entender um substrato nas coisas, um sentido novo e lógico, impermanente.<br />A casa em desalinho, ninho, recebeu amigos de tantos tempos e horas.<br />Nas conversas me veio também Lucinda. Lucinda e o tempo em que amigos eram isso! Encontros, conversas, certeza de eternidade. Lucindamente um tempo onde ninguém partia, morria, sumia.<br />Ando leituras e encontros e ecos de mim. Um silêncio delicado, um distanciamento que desvela, revela.<br />Ando. Andando analiso minhas marcas, meus registros,as estradas que vejo e as que desejo ver. Num tempo de não sei, encontro nas palavras de outros as minhas tentando dar sentido ao vivido. Vida que sopraIgorhttp://www.blogger.com/profile/04238711434607701486noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6335971734096865297.post-10598571444190981862009-04-12T21:54:00.000-07:002009-04-12T22:02:11.601-07:00Clarice pra começar a semana<a href="http://3.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/SeLG65v3DZI/AAAAAAAAAI0/5FHFt-DahqM/s1600-h/clarice+lispector.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 233px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/SeLG65v3DZI/AAAAAAAAAI0/5FHFt-DahqM/s320/clarice+lispector.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5324036424741621138" /></a><br />"Ele era triste e alto. Jamais falava comigo que não desse a entender que seu maior defeito consistia na sua tendência para a destruição. E por isso, dizia, alisando os cabelos negros como quem alisa o pêlo macio e quente de um gatinho, por isso é que sua vida se resumia num monte de cacos: uns brilhantes, outros baços, uns alegres, outros como um "pedaço de hora perdida", sem significação, uns vermelhos e completos, outros brancos, mas já espedaçados. <br />Eu, na verdade, não sabia o que retrucar e lamentava não ter um gesto de reserva, como o seu de alisar o cabelo, para sair da confusão. No entanto, para quem leu um pouco e pensou bastante nas noites de insônia, é relativamente fácil dizer qualquer coisa que pareça profunda. Eu lhe respondia que mesmo destruindo ele construía: pelos menos esse monte de cacos para onde olhar e de que falar. Perfeitamente absurdo. Ele, sem dúvida, também o achava, porque não respondia. Ficava muito triste, a olhar para o chão e a alisar seu gatinho morno."<br />____________________<br />LISPECTOR, Clarice. A bela e a fera. 2ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1979.Igorhttp://www.blogger.com/profile/04238711434607701486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6335971734096865297.post-58780712041585053502009-04-07T17:52:00.000-07:002009-04-07T19:06:39.129-07:00Ensolarado<a href="http://2.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/SdwGeQ_yciI/AAAAAAAAAIs/TB2NJrrmRzs/s1600-h/untitled.bmp"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 320px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/SdwGeQ_yciI/AAAAAAAAAIs/TB2NJrrmRzs/s320/untitled.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5322135976673440290" /></a><br />A vida é um vai e vem sem fim, mesmo!<br />Lugar comum em boca vulgar, este tipo de afirmação, se confirma completamente às vezes!!!<br />Hoje por exemplo entre a sucessão de cinzas e nuvens surge um sol: grande, orgânicamente verdadeiro, banhando tudo. Banhando olhos, sorrisos, bocas e afogando reclamações ranzinzas.<br />Havia um sol hoje. Um sol que de claro e descontrolado estava saindo pelos poros-caminho contrário.<br />Havia um sol em mim hoje!!E eu me fiz bom dia!<br />Eu me dei comercial de margarina. Eu me vi feliz com o trabalho, com o movimento.Eu vi o movimento. E ele me trouxe sol, me fez sol. Ensolarado.Nem mesmo o negror da noite calou meu sol. E agora na noite da casa me sou inteiro um eclipse.Igorhttp://www.blogger.com/profile/04238711434607701486noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6335971734096865297.post-80979489278420446462009-04-05T21:04:00.000-07:002009-04-05T21:17:59.346-07:00VolVer ou Obrigado Poly<a href="http://3.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/SdmCWqSpEZI/AAAAAAAAAIk/PFtcqewls2c/s1600-h/olhandoomar.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 216px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_a4xPQOLuqgU/SdmCWqSpEZI/AAAAAAAAAIk/PFtcqewls2c/s320/olhandoomar.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5321427760536162706" /></a><br />Volver. Fui ver e voltei...<br />A Poly me fez voltar...<br />Tanto tempo que não andava aqui...<br />2008 correu tanto que não sobraram momentos para estas escritasdemim.<br />Outras muitas: escritas de conclusão com o mestrado, escritas de inícios...<br />Agora que de novo tô precisando voltar em mim e que já percebo que outro parto surge(e não posso mais fugir) volto...<br />Volto com olhares novos, como sempre...São velhos os nascimentos de olhos mas novos sempre os olhares que deixo surgir...<br />Tô olhando pro próximo, olhando pra mim...Tô achando outros sons, tô música de câmara...<br />Percebi algumas serpentes no caminho mas aprendi a entender como elas aprendem a assustar. Mas sem querer ser uma delas extraio delas o conhecimento que podem trazer.<br />Coisas, coisas...<br />Mas eu quero agora um redemoinho de novo...<br />Quero territórios novos, fontes novas...<br />Preciso disso agora na usina de mim...<br />A morte me ronda...Um de mim vai morrer e eu vou mata-lo...<br />Vejo, sinto, estou grávido de um outro eu...<br />Que venha...Que surja, que nasça...<br />Mas pode demorar...Meus partos às vezes levam anos e me angustiam, desacomodam, desassossegam e às vezes, quando percebo: Já me nasci e nem percebi de tão preparado que estava pra esta nova chegada de mim...<br />Poly, tuas palavras me afetaram, me lembraram de potências que eu tinha esquecido...<br />Valioso lugar inesperado que fosses...Obrigado!Igorhttp://www.blogger.com/profile/04238711434607701486noreply@blogger.com3